Quase todas as pessoas acham que precisam “ter” uma coisa (mais  tempo, dinheiro, amor), para finalmente “fazer” outra (tirar férias,  comprar uma casa, ter um relacionamento), e que assim poderão  “ser” felizes, tranquilas, alegres ou apaixonadas… Quando na  verdade deveriam Ser felizes e apaixonadas para Fazer uma  viagem, comprar uma casa e então finalmente Ter dinheiro, amor e  mais tempo.


“As pessoas se preocupam tanto em Ter, que não percebem como  ele é a última etapa de um caminho, onde o ponto de partida é Ser.”


CONSTRUINDO O SER, PARA FAZER E TER

Para se obter plenitude, o importante, primeiro, é construir o Ser e  depois, fazer para ter. Em nossa sociedade fazemos o contrário,  fazemos muito para ter e depois é que pensamos no Ser.

Como podemos construir nosso Ser? Já não somos? Por que se  preocupar em Ser? O que é, já é.

Em nossos condicionamentos educativos e culturais, somos levados  a olhar para o externo e, assim, vamos nos esquecendo do interno,  que é a base de uma vida completa e realizada.

No meu entender, acabamos nos desconectando de nós mesmos e  vamos nos perdendo numa grande confusão de paradigmas,  conceitos e dogmas formulados há séculos para nos controlar  socialmente. Os resultados, para o Ser, são desastrosos. Ficamos  neuróticos e acreditamos que podemos controlar os outros e a vida.  Acreditamos que precisamos do outro para sobreviver, para nos  amar. Acabamos por acreditar que o outro é a razão de nossa vida,  o que não é verdade. Muitas pessoas vivem a vida dos outros e ficam  perdidas, sem saberem de si próprias. Enfim, com essa  disfuncionalidade, temos pensamentos, crenças, sentimentos,  emoções e comportamentos distorcidos da realidade. Criamos um  mundo imaginário, onde o outro corresponde àquilo que  gostaríamos e não àquilo que é realmente.

Somos tão condicionados e estimulados para o externo, que não  temos tempo para parar e questionar nossos próprios  comportamentos disfuncionais. Esquecemos de nos autoperceber.